segunda-feira, 2 de julho de 2012

"Dá a todas as pessoas os teus ouvidos, mas a poucas a tua voz."

William Shakespeare

Desde o dia em que me disseste que eu ter saído da tua vida foi o melhor que te podia ter acontecido que deixaste de merecer a minha voz, as minhas mensagens, os meus sinais de vida. Depois de tudo o que me fizeste, de todas as mentiras e enganos, de todas as oportunidades que te dei e tu desprezaste, depois de me iludires e me dares todas as facadas e mais algumas, depois de ter dado voltas ao mundo e abdicado de tudo e mais alguma coisa por ti, mostraste-te um hipócrita e um ingrato. Mostraste-te ser uma pessoa ainda mais odiosa do que eu já te considerava. Não existem palavras no mundo suficientes para descrever o que tu me fizeste, a tua falta de respeito, a pessoa sem valores nem escrúpulos que me provaste ser. Para não falar da ironia de como tu agora estás tão mudado e diferente. Para mim, é bullshit. A partir do momento em que me foste capaz de dizer que depois de tudo o que fiz, dei e abdiquei por ti, eu ter saído da tua vida foi o melhor que te podia ter acontecido, deixaste de merecer que eu sequer te odeie, mereces ser tão ou mais insignificante que uma pedra da calçada. E é por isso que estou aqui, neste blog com que tanto implicavas, a escrever sobre ti pela última vez. Para que, na eventualidade de vires aqui ler isto, percebas que estes breves minutos em que despejo pensamentos foram os últimos que desperdicei em ti. 

Porque, com todo o teu veneno, não só deixaste de merecer a minha voz, como os meus ouvidos também.
A porta fechou.

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