domingo, 9 de setembro de 2012

for the heartbreakers.


Não te conheço mas já não gosto de ti. Não por seres o típico protótipo de miúda cujos pontos altos da sua vida são as festas semanais e as bebedeiras animais, única forma de diversão. Nem por transpirares falsidade. Mas não, não gosto de ti, nem um bocadinho. Danças numa discoteca como andas pela vida, em completa monotonia de movimentos idiotas em constante repetição, demasiado fáceis para serem bonitos sequer. Mas atrais olhares, mesmo limitando-te a jogar pelo seguro, e é apenas isso que te importa. Finges um coração profundo quando nada mais é senão superficial. Mas o pano sempre cai e o acto sempre se desenrola. As tuas conversas são como aqueles filmes óbvios e sem graça, de cenas altamente previsíveis que alimentam as mentes mais acéfalas. 

Não percebes - ou finges não perceber - a diferença entre ser simples e ser fácil. Tu não descomplicas, tu escolhes o caminho com menos obstáculos e menos explicações a dar. Na verdade, tu gostas de uma boa multidão de olhares, mas só quando são de desejo. De outro modo, não suportas o burburinho que se cria devido a ti mesma, por não saberes agir. Nunca ouvi a tua voz, mas as tuas palavras cospem veneno e dilaceram os corações de quem menos merece. Eu não te conheço e já não gosto de ti. 

E tu podes olhar-me como quiseres, mas eu só sei que cometeste o maior erro da tua vida, quando decidiste magoar os meus.




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