segunda-feira, 19 de setembro de 2011

(literalmente) conversa de merda.


Isto, o mundo é pequeno como a merda. A verdade concreta é que ele é grande e não tem forma de merda, mas as ironias que vamos encontrando ao longo da vida reduzem-no a um grande monte de dejectos. Seja por haver locais no planeta terra impossíveis de se aguentar mais de trinta segundos devido ao mau cheiro (aka Pequim = ar puro, cadê ele?), seja por descobrirmos que pessoas que achávamos ter dois dedos de testa são apenas cocós embrulhados em papel com motivos natalícios. Como dizia um grande amigo meu, 'essas pessoas são um cocó, e por mais que ponham um lacinho cor-de-rosa à volta, vão sempre ser um grande cocó... e mal-cheiroso!'. Não podia estar mais de acordo. 

A minha mãe diz que há uma superstição que consta no seguinte: pisar cocó é sinal que vem dinheiro. Não sei de onde, a não ser que o cagão tenha engolido umas moedas. 

Mas levando a coisa para um processo mais figurativo e de reflexão, podemos arranjar umas metáforas para a vida jeitosas. Pisar um cocó. O que é isto? É um grande azar, como o são pessoas que não interessam nem ao menino Jesus meterem-se à nossa frente e na nossa vida, directa ou indirectamente. Pessoal cuja feiura vem de dentro. Um cocó não tem escrúpulos e, como tal, não hesita em meter-se à nossa frente, atrapalhando o nosso caminho ou sujando os nossos sapatos. Sujar sapatos? Isso quer dizer que pisaste o cocó, certo? Sim, é. É como aquelas vezes em que uma pessoa põe-nos fora de nós e nos leva a fazer coisas, por ódio ou desespero, que jamais faríamos caso estivéssemos em paz e sossego. Aquelas pessoas que nos levam ao limite fazem-nos sujar o sapato, isto é, têm a capacidade de fazer com que tenhamos atitudes menos bonitas. Mais negras, mais vingativas, mais peixeiras. Mas a verdade é que o sapato fica sem cocó se o rasparmos na relva, pelo que não é assim tão preocupante para quem o pisa. Mas para quem o é, já fica um bocado para o desfeito. A menos, claro, que seja uma bosta tão grande e mole que seja necessário lavar com água e sabão. Problema resolvido, anyway. 

De caras com um cocó, temos sempre três hipóteses:
- passar por cima e ignorar, deixando o cocó onde ele está (e outra pessoa que o ature, ou até mesmo nós que passemos por cima as vezes necessárias)
- pisar e limpar os sapatos (a chuva que limpe o resto que ficou na rua)
- pegar num saco de plástico, apanhar o cocó e pô-lo no sítio a que pertence: o lixo. 

Sendo que esta última é capaz de ser melhor. Um cocó é sempre um cocó e se não for retirado do meio da rua, atrapalha e suja os sapatos de muita gente. Assim, é mais fácil levá-lo para onde pertence e deixar que os homens do lixo os levem para algum enterro sanitário. Deste modo, saliento a importância da imagem acima.

Metaforicamente, os homens do lixo podem ser o destino ou o tempo. Whatever.
Karma is a bitch.

Ps. Apanhem os cocós dos vossos cães, que estes passeios andam minados.

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