segunda-feira, 10 de março de 2008

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Não oiço nada a não ser o bater da chuva na minha varanda.
Desliguei a musica e em breve vou apagar a luz.
Penso em inúmeras coisas e depois não penso em nada; tudo faz-me chegar a uma mesma conclusão: eu não sou nada.

Haverá sempre alguém que me ultrapassa.
Serei sempre trocada, serei sempre uma das últimas.
Continuamente procuro o que está de errado comigo.
Nunca tive muita confiança em mim mesma, mas cada vez tenho menos.

Oiço cada gota a cair.
Escorrega pelo vidro da minha janela como se de uma lágrima tratasse.
Estes dias não me dizem nada, são como um vazio.
O vazio que parece preencher o meu coração, um vazio que parece ter mais força do que tudo o resto.

(...)

Não acredito, tive uma recaída.
Estendida no chão, deixei de respirar. Foi como se tivesse morrido durante alguns minutos.
Olho para as minhas unhas. Estão roxas.
Só quero estar sentada no chão da casa-de-banho com a cara inclinada para a sanita, mas não me consigo levantar.
Só meia hora, que mais parecia uma eternidade, depois consegui recompor-me.

O que era do coração, passou para a mente, e da mente passou para fora.

19:04

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