sábado, 5 de abril de 2008

Traição

Não sou pessoa de guardar ressentimento.
Mas acho que a traição é algo imperdoável. Só quem ama realmente é que consegue perdoar uma traição, mas eu não te amo. Por muito que alguma vez o tivesse dito, eu não te amo. Não posso amar alguém em quem não posso confiar, eu não te amo.

Por muito que pareça que já está tudo esquecido, não está.
Nunca ficou esquecido. Trair é o pior que me podem fazer.
Não posso afirmar que perdoei, não posso mesmo. Gostava de o conseguir fazer, mas acho que agora nem a vontade está virada para esse lado. Também nunca me pediste perdão pelo que fizeste. Que interessa agora? Desculpei-te. A ti e a quem me pisa o pé.
O mal já está feito, e todos os dias sou confrontada com isso.
Pedi-te uma coisa, nem isso sabes respeitar.

As tuas atitudes são o cúmulo.
Eu nunca trairia ninguém dessa maneira. Nem me iria vingar, os amigos não se vingam. A vingança é para os inimigos.
Mas, se um dia te vir como uma pessoa inimiga para mim, sim eu vingo-me. Estou a ser porca, sim pois estou. Mas é a verdade.
Antes isso do que ser hipócrita como tu.
Traíste o melhor que te podia dar, a minha confiança. E nunca a recuperaste, nem te esforçaste para isso. Mas, pensando bem, era preciso muito para ultrapassar o que me fizeste.

E cada vez que sou confrontada contigo e com as tuas atitudes, lembro-me exactamente do que senti naquele momento.
Estás constantemente a estragar o que eu construo e, um dia, isso virá contra ti.
Se eu não te falar, contenta-te.

Porque o que estou a sentir em relação a ti tornaria tudo muito pior.

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