terça-feira, 3 de junho de 2008

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Por vezes, a Lua escreve-me.
Diz-me que o vento mudou de direcção e que as nuvens negras se aproximam. No fim deste capítulo, há uns meses atrás, isso seria impensável. Mas não hoje.

Hoje ouvi a trovoada.
As nuvens tinham olhar cabisbaixo e eu sabia que não era a culpada, mas a chuva molhou os meus cabelos, os meus braços, a minha cara.
O sol já não me quis iluminar e o vento ensurdecera os meus gritos. O céu trouxe consigo o medo e ao mesmo tempo a coragem, mas principalmente o receio e a confusão.
As estrelas que me apaixonaram haviam desaparecido e em vez das pinceladas rosa encontrei o carvão carregado e borrado em cada aberta do céu.
As minhas palavras não mudariam nada, muito menos o querer mudar alguma coisa. É inevitável. O tempo não espera pelo tempo, nem por mim. E o tempo não muda por querermos que mude.

Calma, já passou. Agora o tempo acalmou.
Os ventos aterraram na areia, as nuvens deixam já escapar o azul claro do céu.
Oiço o meu coração como o telefone à espera que atendam a chamada.

Passou tudo, mas o mar ainda chorou.
E eu chorei também.



Qu'ils disent, ou qu'ils pensent
Pourquoi pleurer, pourquoi attendre
Qu'ils te blessent ou qu'ils te mentent
Laisse-moi t'aimer pour que tout change

(Je serai toujours là pour toi)
Je promet, tu verras, un ciel sans nuages

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