sábado, 14 de junho de 2008

Pensamento

Hoje vi uma série chamada "Amor no Alasca". Não é algo que eu faça questão de acompanhar, mas gosto de a ver.

"Quando libertamos o que amamos, podemos mesmo confiar que voltará para nós?",

foi o que uma das personagens principais disse.

Isto dá que pensar. Quando amamos alguém, devemos dar espaço. Mas... Será que essa(s) pessoa(s) voltará para dizer que nos ama também? Ou voltará sequer?
É verdade que as relações humanas podem ser chamadas de "laços", de amizade, companheirismo, amor... Mas nunca podemos garantir que esse laço seja realmente duradouro. A palavra "laço" só por si é uma palavra suave, que parece estar prestes a ser levada pelo vento.
É injusto e pouco verdadeiro se transformarmos esses laços em correntes.

Como já se devem ter apercebido, estou numa fase em que vou separar-me de muitas pessoas de quem eu gosto bastante. Por mais que tentemos ignorar e dizer que podemos ver-nos, mesmo que seja menos vezes, vai mudar. Pouco e pouco, os laços tornam-se simples fitas, salvo raras excepções. As grandes amizades passam a ser simples amizades, por exemplo.

Nós amamos as pessoas, mas também amamos a relação que temos com essas pessoas.
É nesses momentos, perto da separação, que temos tendência a formar correntes, para que, de algum modo, nada mude. E será que não muda? Perdão, será que é correspondido sequer?

Falando de mim própria, devo ser a pessoa mais estranha em relação às saudades. Dou-me mal com elas, sei lá apego-me às pessoas e reajo bastante mal a separações.
É óptimo saber que estamos, digamos, no mesmo "nível" de expectativa da relação, por assim dizer. Ter o mesmo horizonte, querer o mesmo.

Mas mau, é quando damos demasiada importância a quem nos dá de menos. Ou quando, inocentemente, não têm grande expectativa para que uma relação cresça mesmo com a distância. Uma espécie de "não faz mal ficarmos por aqui, já foi bom". Não! O ser humano tem de ser ambicioso e querer mais do que simples recordações. Tem de viver e acreditar que tudo é possível.

A pergunta é: se eu te libertar, vais querer voltar para mim?
Provavelmente terei saudades tuas, e acho que preciso de saber isso.

1 comentário:

Sílvia disse...

escreves bem maggy!