terça-feira, 22 de julho de 2008

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Não tens nem ideia do quanto me magoaste. Esperava tudo menos isso de ti. Atiraste-me à cara coisas que eu não posso mudar, por motivos de força maior. Eu daria tudo para que nada disto tivesse acontecido, nada mesmo! No entanto gritaste-me, falaste-me como se eu tivesse a cometer o maior crime, que no fundo, é só mesmo porque quero ficar contigo. Nunca pensei que a força das tuas palavras me afectasse desta maneira, mas sempre que penso nisso, uma gota cai dos meus olhos. Assim não dá. Se eu soubesse que iria ser assim não me tinha afastado de ti nos últimos tempos, nem te largava foda-se. Deste-me um exemplo que eu não quero seguir porque tu própria dizes certas coisas. Eu sabia, tu já não olhas para a nossa amizade da mesma forma que olhavas. No entanto, eu olho. Tomei a nossa amizade por garantida, e tinha a certeza que nada iria mudar entre nós. Que teríamos mais 3 anos de professores, barracas e gargalhadas. O que é que eu vou fazer sem ti, Matilde, aqui do meu lado diariamente? Estou tão habituada a recorrer sempre a ti nos melhores e nos piores momentos, e não imagino o quão vazia me vou sentir se não te puder pelo menos ver todos os dias a entrar comigo naquela imensidão de escola. Se eu soubesse, Matilde, se eu soubesse apenas um bocadinho do que sei, teria feito tudo de maneira diferente. É que tu não tens noção, eu faria TUDO por ti, percebes? TUDO, foda-se!

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