quinta-feira, 31 de julho de 2008

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Descalça, olho para cada passo que dou. A areia beija os meus pés e a brisa que vem do mar despenteia os meus cabelos. O cheiro a sal invade-me e, na minha solidão, apenas uma pessoa se mantém comigo no pensamento.
O sol quer dormir e eu penso. Poderia afogar-me em mil mares, cair de mil falésias, mas isso nem me passa pela cabeça pela simples corda que me segura de todos esses pensamentos macabros. Podia derramar as lágrimas do mundo, podia pensar em todo o mal que fiz e em todo o mal que me fizeram, podia estar no pior dos meus dias, podia simplesmente desistir de lutar pelo que acredito. Mas basta que tu estejas no mais profundo e discreto pensamento para que toda a alegria de viver volte.
Se te poder tocar, agarrar, abraçar, o mundo é meu.
Quando me dás a tua mão, não a quero largar. É como o elo de uma corrente que criámos. Sim, porque eu sei que a distância também te causa alguma saudade.
Quando me abraças, sinto-me completa.

Apetece-me esquecer o mundo, o tempo voa e, embora eu não te veja, tu estás comigo.

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