domingo, 2 de novembro de 2008

lua

Minha lua, há quanto tempo não te falo... Limito-me a olhar para ti num pequeno e sorrateiro momento, vendo-te mudando a cada dia. A tua pontualidade é algo que nunca falha, coisa que já não posso afirmar de mim mesma. Os dias passam rápido, talvez demasiado rápido. És o exemplo de mim mesma hoje, tão perto e ao mesmo tempo tão distante.

Minha lua, quantas vezes me olhaste e eu apenas olhava o céu, um infinito vazio, como se o mundo deixasse de girar, o tempo deixasse de passar, e eu o deixasse de amar? Nunca, nem por um dia, estiveste ausente. Escondida talvez, mas sempre pronta para acolher cada palavra proferida pela noite, cada cintilar do brilho de uma estrela, cada canto de um grilo.

Minha lua, lembras-te como a vida era fácil quando eu era criança? Lembro-me de te chamar queijo, e de tu sorrires para mim. Quando erámos a pura inocência tínhamos tempo para tudo, e eu preferia passar o meu a olhar para ti, até o meu pai feliz e a minha mãe feliz me chamarem para jantar. Hoje eles estão tristes, sabes? E eu sinto a tua falta..

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