sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Pensar diferente, fazer diferente, ser diferente.

Hoje apeteceu-me fazer algo que muitos têm vergonha de fazer: fui eu mesma. E como a música faz parte de mim, hoje fiz música.
De guitarra às costas, andava pela escola a tocar. Isso atraíu pessoas que cantavam comigo e riam-se das bacoradas, outros tocavam também. Outros apenas olhavam, ignorando ou sorrindo, tanto me fazia. Eu queria era ser feliz, e naqueles minutos fui feliz.
Conheci novas pessoas que se juntavam ao grupo pela curiosidade ou pelo gosto de cantar, como se estivéssemos num acampamento (também, naquela escola não é difícil de parecer que estamos num acampamento). Até que me "arrastam" para dar um mini-concerto com uma turma que nem era a minha, numa aula de Inglês.

Quando me fui embora, cheguei à estação e perdi o comboio. Rapidamente apareceu outro, e eu já estava outra vez com a guitarra na mão. A vergonha, o embaraço eram coisas que desapareceram entretanto. Fiz o que me apeteceu. Houve quem notasse, e até comentasse. Mas eu quis lá saber. Sim, alguns agradecem não terem estado comigo lá, porque sim eu estava a tocar dentro do comboio, sozinha, e só faltava o boné com as esmolinhas.

Mas durante o tempo em que tocava partes de músicas, só pensava: quantas pessoas fariam isto? Quantas pessoas cagavam realmente para os padrões e rotinas da sociedade para fazerem simplesmente o que lhes apetecia naquele momento? Não seriam as pessoas muito mais felizes se pudessem ter os seus momentos em que faziam o que lhes apetecesse? Coisas simples, sei lá.
Chegavam a casa e pensavam: "hoje fiz o pino numa sala de cinema", "ontem dancei o hula em cima de uma mesa no cascaishoping" . Qualquer coisa, ultrapassar os limites ou não. Ignorar as opiniões alheias, o parecer-bem.

Pensar diferente, fazer diferente, ser diferente.

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