quinta-feira, 2 de abril de 2009

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(...)

Ergueram-se confusão
E vil dissimulação
Tempo, distância e contexto
Tentaram falso pretexto
Ofuscaram um propósito
Tentaram desistência
Da minha subsistência.


Mas que cesse a ilusão!
Se aniquile a dissimulação!
Suficiente o tempo
Deitado a perder.

Não vivo sem constante
Eco da tua voz, ressoante
Em memória permanente.

E é por viver contigo
Presente em pensamento
Que sei, jamais esquecerei.
E é por te sentir comigo
Que, por discernimento
Sei, sempre te amarei.

E é pela eminente
Importância, sempre presente
Do sétimo sentimento
Que num toque singular
De lábios em pele doce
Adormeço sem perguntar
Se amanhã acordarei
Porque sei
Amanhã terei nova força
Porque sei
(E, sem mais hesitar)
Quero-te amar.

Jorge Vieira
(o Camões do século XXI)

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