domingo, 10 de maio de 2009

"Outro significado para o regresso inesperado: discussões, bem-vindas de novo!"

Nada como conhecer demasiado bem a rotina caseira.
Voltou. Foda-se, que neura. Estou farta. Chamem-me ingrata, cruel de vil, o que quiserem. Melhor todos estaríamos se com o divórcio, viesse a separação. Sim, porque segundo os BI's dos meus pais eles estão divorciados - isto para verem a comunicação que esta família tem. Porra, enfiem-se no spa que eu dei de presente do dia da mãe e deixem-se de merdas.

Sou, definitivamente, a ovelha negra cá de casa.
Se os cães não passeiam de manhã (turno da Diana), a culpa é sempre da mais velha cujo turno é o da tarde. Se não estou na sala com o resto dos habitantes desta casa porque quero a porra de um sossego e um tempo sozinha, sou uma caprichosa - palavras da minha mãe - e mimada.
Ah, e se eu estiver mal que me mude, se os amigos é que são importantes que me mude para casa deles e os pais deles que me aturem (novamente, palavras dos estranhos residentes destas quatro paredes). A minha vontade era essa.

Depois fódem-me a cabeça, dizem que o meu castigo é não dar o concerto para o qual ando há dias a ensaiar e a passar-me da cabeça com os nervos e eu mando-lhes uma caralhada mental. Se não respondo, para não atear mais o fogo sou uma sonsa. Se respondo calmamente (o que é raro), estou a fazê-los de parvos. Se respondo, dizendo o que penso, de uma forma um bocadinho brusca, sou uma mal-educada, estúpida, que não merece metade do que fazem por mim. Foda-se, e o que eu faço e deixo de fazer por vossa causa? É que é mesmo assim: quando me contenho e faço tudo direito, ninguém dá conta, se me peido , todo o mundo olha.

Outra coisa, se digo que tenho a certeza de algo tenho a mania que sou dona da razão. Mas quem nunca, e esta é que me está entravada, ouviu uma porra de um pedido de desculpa por invadirem a minha privacidade, por gritarem comigo sem razão (como a situação do telemóvel, que o meu pai tinha o número errado e deu-me um sermão de cerca de 40 minutos por ter o telemóvel alegadamente desligado), por lixarem a vida da irmã (sim, a pita é pita mas quando é para tramar..) fui eu.

E, atrofiando as palavras do scolari, a orgulhosa sou eu? An an an an an an

Fuódasse quaráilho, depois é: "no Verão, vens comigo para a Argélia. Tu e a tua mãe ainda têm um cordão umbilical. Ou entao arranja tu umas férias, mas vais ficar longe da tua mãe durante um mês" (YESSS BUT..) WHAT A FUCK? Só se for ela com o cordão umbilical acorrentado a mim, porque eu juro que, não sei bem como, aos 18 anos não habitarei esta casa. Nem que seja só para me mudar para a casa da vizinha, da minha avó, da minha tia. O objectivo não é tornar-me independente, enfrentar o mundo com o que tenho e tá a andar. É mesmo não levar com estas merdas durante mais tempo.

Onde é que param os dias felizes, onde tudo ria mesmo que não tivesse graça, havia sentido de humor, e estes caralhos andantes, deprimidos e frustrados deixavam de (sim, hoje fiz a contagem) se queixarem 10 vezes por refeição? Só sabem criticar. Criticam os portugueses que não mexem o cu.

Do you?

Egocêntricos.

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