domingo, 25 de outubro de 2009

carta

Século XXI, a era da tecnologia.
A rádio foi trocada pela televisão, as bibliotecas pela Internet, os diários por blogs, as cartas pelas sms...
Não critico, cada um é livre de fazer as suas próprias escolhas. Aliás, eu também faço as minhas, não é verdade? Mas hoje vim recordar os tempos em que escrevíamos cartas. Sim, cartas. Tudo isto porque há bem pouco tempo escrevi uma. A quem contei que o fiz, maioria fez cara feia. "Uma carta?!". Já não se faz, a última vez que o fizémos foi quando éramos crianças, por isso é tendencialmente considerada uma atitude infantil.

Não acho.
Muito sinceramente não. E se for, é tão infantil quanto mandar sms.
Vou voltar a escrever cartas, seja do que for ou para quem for. Também já as recebi e acho que têm bastante mais valor pois gastámos tinta, preocupámo-nos (ou não) com a caligrafia que é tão só nossa, concentrámo-nos durante um tempo para escrever tudo o que queríamos dizer ao todo em vez de dizermos por partes. Uma carta é tão mais pessoal, é a nossa letra e não as teclas do telemóvel, é por vezes o nosso cheiro que vem impregnado no papel, é algo palpável, algo que podemos guardar sem o risco de um dia se perder juntamente com o nosso telemóvel roubado.

Nesta dita era da comunicação, a maior parte do que usamos para comunicar afasta-nos mais do que nos aproxima por ser tudo tão artificial, tão virtual...

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