sexta-feira, 6 de novembro de 2009

shopping therapy


Nunca entendi essa ânsia e obcessão das mulheres estarem constantemente nas compras, ou pelo menos quererem estar. Quanto a mim, só de pensar em centros comerciais apilhados de gente, altas luzes e burburinho como música ambiente... hum.. começo a ficar ligeiramente claustrofóbica. Talvez sofra de multidofobia - palavra que inventei agora para designar a fobia de multidões.

Não percebo como é que há pessoas que gostam (ou se dão ao trabalho de fingir gostar) de apreciar montras e levar com um braço na barriga ou ter alguém a tropeçar nos seus pés. Ou então de ver o instinto selvagem das pessoas, maioritariamente mulheres, a emergir quando duas mãos de pessoas diferentes pegam a mesma última peça do stock. [Digo mulheres na maioria, porque isto dos shoppings para as mulheres pode comparar-se ao futebol para os homens: enquanto uns conseguem apreciar o futebol com os seus gritos e euforia, outros vão mais longe, invadem o campo, dão socos no árbitro, nos jogadores da outra equipa, e trepam grades para invadir os camarotes VIP para o treinador se demitir.] Bom... Um viva à estupidez humana! É que se fôssemos animais ainda tinhamos a desculpa de sermos irracionais, agora assim...

Voltando aos shoppings! Outra coisa que eu acho um piadão é termos de literalmente arrancar as peças de roupa, de usar a nossa força de braços para separar os duzentos cabides afim de tirarmos as nossas idolatradas (ou não) calças [giro giro, é quando nos apercebemos que afinal não eram aquelas, mas sim as do lado e entretanto todas as calças voltaram a compactar-se e temos de voltar a grunhir para desviar a roupa] , ou então escavar nas pilhas de camisolas que as empregadas das lojas da Bershka insistem em amontoar ou deixar que as pessoas amontoem. No meu intímo e na minha mais ínfima réstia de parvoíce, começo a achar que os empregados fizeram uma aposta em como faziam uma Torre Eiffel de camisolas ou então a Grande Muralha da China com as calças da loja.
Caso para dizer: "As mulheres e as compras". Faça chuva, faça sol. Tenhamos a maior sorte ou a maior desgraça. Sim, porque o espírito consumista das mulheres também vai sobressaindo à medida que vamos tendo os nossos desgostos. Aí usamos as compras como lencinho para limpar a lágrimazinha do canto do olho.
"Shopping therapy".
Aí, sou forçada a admitir... até resulta, de vez em quando.

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