sábado, 13 de março de 2010

faca de dois gumes

De tempos a tempos, somos bombardeados com mensagens a incentivar a demonstração diária do nosso afecto. A valorização daqueles que nos são próximos. Dizer "amo-te" uma vez por dia... Num século caracterizado pelos workaholics, pelo "ou comes ou és comido" e pela sobrevivência, talvez o melhor fosse impingir o Mundo com estas mensagens como a publicidade nos impinge horas dela mesma. Talvez o Mundo fosse um lugar um bocadinho melhor para se viver.

Mas, como tantas outras coisas, esta situação é como uma faca de dois gumes: quem é que determina o limite entre a valorização do amor (seja ele qual for) e a banalização do mesmo (e consequente perda de valor) ? Pois é, eu tenho uma teoria quanto a isso. Quanto mais dizemos que amamos, menos valorizam o nosso amor. "Amo-te" torna-se tão vulgar e banal, e igualmente sinónimo de fatalidade do seu real significado.

E agora, em que é que ficamos? Deixo ao vosso critério...

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