O povo português e os otários que se atiram para a linha de comboio

Pois bem, meus amigos... Hoje venho falar da humanidade e da morte (ai que poético e profundo!). 

Não, venho falar do povinho português e da malta que se atira para a linha de comboio com o intuito de ter uma morte dramática. Epa, já chega... De há um ano para cá que se atiraram umas vinte pessoas para à frente da lagarta gigante, qual é a vossa? Cada um tem as suas razões para se suicidar, mas a sério, têm mesmo que empatar a vida a CENTENAS de pessoas? Há tanta maneira de morrer, porquê o comboio? 

Isto levou-me a fazer uma pesquisa sobre mortes por atropelamento de comboio, poderia haver alguma razão inimaginável para tal, mas a primeira coisa que encontrei foi estupidez humana, algo como isto:

Não é preciso ser-se muito inteligente para perceber que isto é capaz de não ser muito boa ideia, digo eu... 

A segunda coisa que vi foi um artigo de um jornal brasileiro, que dizia que as pessoas iam buscar água ao outro lado da linha e, por vezes, acontecia um acidente. Mas nesse mesmo artigo diziam "Paula António não prestou a devida atenção, e foi negligente ao aviso das vizinhas em não fazer a travessia da linha-férrea, por causa dos perigos envolvidos". Caso para dizer - e fora de brincadeiras - quem te avisa teu amigo é. E o Pare, Escute e Olhe não é só para os popós!

Por fim, o suicídio. Especialistas consideram o suicídio uma doença mental, um estado de depressão de ordem insustentável. Ok, querem suicidar-se. Neste momento, não me interessam os motivos, senão nunca mais saímos daqui. Com taaaaaaaantas formas de morrer, desde a cortar os pulsos a overdose de comprimidos, porque é que a malta se estende na linha do comboio para morrer? Pois, acho que é mesmo só pelo drama e pela raiva que tem do mundo. Já que se vão matar, é do género: tomem lá, agora ficam duas horas a limpar os meus restos, com os comboios parados, porque eu sou o maior e causo problemas, e matei-me porque ninguém me compreendia, now suck it up!

E claro, como não podia deixar de ser, quando o comboio chega pilhado de gente que esteve horas à espera, o pessoal que está na estação nem espera que a malta saia (sempre ouvi dizer que era boa educação, deixar primeiro os outros saírem) para depois entrarem, e empurram toda a gente para se enfiarem no comboio rapidinho, não fossem eles perder o lugar para se sentarem!

Este é o belo do povinho!