Um dia canto-te isto.
Um dia compreenderás cada palavra que lentamente pronuncio, saboreando o seu significado e todas as entrelinhas. Ou talvez não.
B. Uma letra que nunca mais terá o mesmo vulgar significado que tinha.
E eu sei que por mais que me sigas as palavras onde não as gostas de ler, estas não as lerás. Porque queres esquecer que apenas fomos Bilhetes ao Luar, muitos dos quais apagados porque tu pediste. És apenas mais uma imagem no meio de quinze que me seguem. E, no entanto, não és apenas mais um.
Sempre tive fé em ti, mesmo quando não sabia como acreditar.
E agora não consigo olhar para um piano sem me surgires no pensamento. Não consigo tocar, sabendo que foste tu que me motivaste. Nem vontade tenho de escrever eu tenho, mas preciso. São bocados de alma que flutuam desorientados. Perderam o norte. Já não me consegues falar sem ser agressivamente de cada vez que tento preservar pedaços de amizade que me foram cruciais em certos momentos da minha vida. És, neste momento, a indecisão e a perdição em pessoa.
E eu já nada posso fazer quanto a isso. Agora tu é que sabes. E tudo o que me resta são memórias que teimam em invadir-me o sono, única parte do dia que eu julgava conseguir não sentir nada.
E já nem me deixas assistir a um momento importante da tua vida...
(*)Obrigada Frazão por me mostrares esta música.
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