segunda-feira, 11 de julho de 2011

jou oë toemaak



'Fecha os olhos.'
Pega nessa frustração que, como causa ou consequência, se alia tanto à raiva e com essa força do ódio amachuca tudo como se de um papel rabiscado se tratasse. Enrola essa camisola suja de tantos erros cometidos, ensanguentada de tantas feridas que nem sempre sararam e atira-a para o outro canto do quarto. Grita o nome do maldito e da maldição, deixa que essa desorientação te leve à loucura e te rebente por dentro. Dá um murro na porta, um pontapé na cadeira e uma chapada na tua própria cara. Nada conseguirá destruir por fora o que foi morrendo por dentro. Nada doerá tanto como um coração esmagado pelo rancor. Nem nunca saberás a grandeza de chegar ao topo se não aprenderes a cair.

Mergulha a cara na água fria e encara os teus olhos em cor de carne no espelho. Achas-te fraca, mas fraqueza é a apatia mascarada de insensibilidade e de indiferença. É ficar parada sem qualquer reacção e deixar-se levar. É resignar-se. 

A solução? Levantar o cu da cama e fazê-la todos os dias, lavar as camisolas sujas, desinfectar as feridas e reciclar papel. Olhar para o espelho e em vez de uma dificuldade, ver um desafio. Em vez de uma barreira, uma lição.

Fecha os olhos e deixa que a música te acalme...

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