terça-feira, 8 de novembro de 2011

o cansaço.


As próximas duas semanas vão ser longas e cansativas. Hoje foi um desses dias. Metida na faculdade durante dez horas, com apenas uma hora de almoço. É o preço a pagar por uma boa média. Mas também é uma maneira de não pensar no que não devo. Entreter-me com o estudo, amigos e namorado é o melhor remédio para superar uma perda. 

Afastei-me dela. Desejei-lhe a maior das sortes e apaguei o número. Expliquei-lhe que tinha de me afastar, que já me andava a fazer mal, tinha de me desintoxicar. Estou farta de chorar e apesar de não me sentir pronta para seguir em frente, preciso de um intervalo para ganhar forças que, ultimamente, têm sido escassas.  Desabafei com ele. Desabafei com a Inês, a pessoa que mais sabe da minha vida. Tenho saudades da Sofia, ela sabe como me acalmar neste tipo de coisas. A vontade é de falar e falar, bater mil vezes na mesma tecla até a fonte de lágrimas secar e até se me esgotar a voz. E sei que ela me ouviria vezes sem conta, pois foi isso que ela sempre fez. 

E apetece-me tocar. Após quase dois anos sem conseguir que a música me acalmasse (antes pelo contrário, eu evitava tocar quando não andava bem), consegui entregar a alma e a deixá-la jorrar em acordes. Aprendi - vá estou a aprender - a música que postei a última vez que estive aqui. Tanto porque era o que sentia e não queria falar como porque quero tocar com a Sofia. Mas ela também chora com esta música. Bonito.

O cansaço impede-me de escrever mais. Ando esgotada. E ainda bem.
E tenho saudades da Sofia.
E da Inês.
Dele, a toda a hora.

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