sexta-feira, 5 de outubro de 2012

quarto desarrumado.


Por vezes olho para trás. Como quem olha para um quarto desarrumado, vejo a confusão, mas ao mesmo tempo sei onde estão as minhas coisas. Sei onde se esconde o que me é mais importante. E dou por mim a encontrar tesourinhos de que já nem me lembrava ou a chorar de saudades de um tempo que já passou. Às vezes olho para trás e vejo um quarto de memórias perdidas e espalhadas pelo chão. Memórias que guardo. Outras que sinto que chegou a hora de deitar fora. 

A minha mania de guardar recordações é igual à minha mania de preservar os meus. Guardo-as em caixinhas como os guardo no meu coração. E como só vale a pena guardar as recordações que me lembrem coisas boas, também só mantenho na minha vida quem vale a pena. 

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