terça-feira, 8 de outubro de 2013

Há pessoas

Por vezes apaixonamo-nos. Apaixonamo-nos por um sítio, apaixonamo-nos por uma cultura, apaixonamo-nos por uma tradição. Apaixonamo-nos por um projecto ou por uma causa. Apaixonamo-nos pela música, pela natureza e pela poesia. Apaixonamo-nos por pessoas. Apaixonamo-nos sem aviso prévio. 

Há pessoas que me apaixonam. Pessoas que são verdadeiras forças da natureza. Pessoas que tem um coração tão grande, maior do que elas mesmas, capaz de abraçar o mundo. Com olhos que brilham entusiasmados e almas que vibram com a vida, há pessoas que me deixam sem jeito. Perco-me nas poucas palavras que soltam e deixo-as vaguear no pensamento durante horas, dias, semanas. Dou por mim a perder a noção de mim enquanto passeio pelas conversas e rebobino as minhas próprias reflexões. E todas estas vão dar a uma só: são pessoas que me apaixonam. 

Há pessoas que respiram uma magia que não ilude, um compromisso que não se deixa quebrar, uma serenidade que nos oferece paz. Colocam nas nossas mãos, sem medos, o seu coração e conquistam um lugar especial no nosso. São pessoas que nos abraçam fora das ocasiões especiais, sem motivo ou propósito. Que nos dedicam palavras que nos fazem transbordar. Que se despem de vergonhas e preconceitos, simplesmente se entregam. 

Há pessoas que nos encantam. Que trazem à flor da pele os sentimentos mais genuínos e aceleram os batimentos do nosso coração. De algum modo, ficamos ansiosos para abraçar, falar ou simplesmente ver essas pessoas. Algo muito forte em nós nos liga a elas. É cósmico e quase ninguém nota. Quase ninguém nota que há pessoas que me apaixonam e que me fazem sonhar. Que são verdadeiros exemplos para mim e que eu só quero que saibam isso. São contadores de histórias, guerreiros de vida e exemplos de amor. 

Por vezes... Apaixonamo-nos! Por pessoas de quem somos amigas, por pessoas que nem conhecemos bem. Apaixonamo-nos por pessoas que admiramos e que de alguma forma nos conquistaram irreversivelmente. Apaixonamo-nos porque o mundo está cheio de pessoas genuínas, lindas por dentro e por fora. De contadores de histórias, guerreiros de vida e exemplos de amor. Mas nem sempre reparamos nelas.

Por isso lhes dedico estas palavras.