terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Praia da Lua

Chamo-lhe Praia da Lua, um lugar imaginário mas bonito.
Um sítio onde estou sozinha sem me sentir só.

Lá, o mar está sempre calmo e a sua música serena, e o céu sempre bonito pincelado com tons de lilás e rosa. Gostava de poder abraçar o mar, acho que me sentiria mais segura e protegida. A sua força é pacífica; as ondas rebentam a meus pés mas nunca me magoaram. Como as palavras duras ditas que não provocam mágoas.
Consigo ver a lua, maior do que o habitual, pouco mais escura que o céu. Noto as suas crateras; fascinam-me. Marcas de algo já muito vivido. A experiência de uma sábia diferente, a paz que transmite mesmo nos piores momentos. Quantos olhares já lhe lancei, quantas vezes já a amei e o demonstrei. Mas para a lua, eu sou apenas mais uma que admira o seu valor.

Mais uma vez, tenho de me contentar com isso.

É nessa Praia que eu canto, danço e sou como sou. Liberto a minha alma e ela corre. Não tem frio nem calor, apenas a brisa suave a refrescar-lhe a cara. Não tenho medo, sento-me e penso. Penso e escrevo. Coisas sem sentido que só eu as entendo.

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