domingo, 25 de maio de 2008

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(...) São as cartas que te escrevi. A ti, a ti e a ti. Podes ser qualquer pessoa, mas falo para ti. Para quê utilizar a terceira pessoa, quando ela própria pode estar a ler isto. Por isso, digo: isto é para ti. Tudo o que sinto, tudo o que penso. É tudo e são todos. Tudo e todos os que me rodeiam, tudo e todos que me ensinaram e me fizeram crescer.

(Agora sim, falarei na terceira pessoa, como se contasse a um total estranho a minha vida. Porque um estranho, nunca será totalmente estranho.)

Eles são as flores do meu jardim, as estrelas do meu céu, as ondas do meu mar, as luas da minha praia. Foram eles que entraram e nunca mais saíram.
Foi ela, foi ele, foram elas e foram eles.
Foste tu e fui eu.

Contigo, a chuva nunca foi suficiente para me molhar nem o frio demasiado para suportar. Nunca o sol me queimou ou a lama sujou. Nunca as palavras me cortaram nem nunca me faltou o ar.
Os teus olhos lêem os meus pensamentos e as tuas mãos que passam docemente na minha face transformam qualquer lágrima num sorriso. As estrelas não iluminam a noite como tu o fazes.

[...]

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