quarta-feira, 21 de maio de 2008

Casa

Bate à minha porta, eu deixo-te entrar.
Bem-vindo(a) à minha vida.

Ainda não conheces os cantos à casa, mas com o passar do tempo habituar-te-ás a tudo isto. Saberás quando deverás deixar uma porta fechada e quando deverás abrir uma janela. Entrarás num quarto devagarinho, sorrateira e calmamente e verás uma alma sossegada. Levar-me-ás até ao jardim e admirarás cada flor, cada lagartixa, um raio de sol ou simplesmente o brilho da lua.
Se entrares na sala verás uma pessoa que gosta de falar e de rir. Repara: olha para as fotografias, lê tudo o que tenho aqui escrito. Tudo isso conta uma história.

Tenho uma caixinha pequenina, onde guardo o mais importante. Ela tem uma chave para fechar mas não precisa de uma para abrir. Chamava-lhe coração, mas acho que isso é anatomia humana e não gosto dessa comparação. Chamo-lhe Praia da Lua... É onde guardo tudo de bom.

Podes entrar.
Se quiseres convidar-te-ei, mas entra.

Minha casa, tua casa.

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