Uma semana sem a mínima paciência para escrever, sem a mínima vontade de fazer um esforço que seja. Deixei-me abater pelo (des)conforto de ir para onde o vento me levar, sem haver a mais pequena brisa. Por dentro o vazio, a solidão, a sobrevivente réstia de esperança de que se abrirão novas portas e surgirão novos caminhos onde me possa novamente perder. Não me apetece falar. Para quê? Para que se solte ainda mais a dor de distâncias do fundo da rua? Para sentir que estou estática no meio da estrada com o tempo a apressar-se sem me dar hipótese de ir à luta? Para olhar para as correntes de mentira em que me deixei enrolar? Acreditar... Já não dá.
'Quando forem velhos como eu perceberão. A minha mulher era a minha razão de viver e morreu. Que faço aqui então? Que razões me dão que me façam amar a vida como ela? É desesperante não ter algo a que nos agarremos de tal maneira que conquistamos o mundo...' - [Clínica Privada]
Quero fugir. E não é uma fuga da alma, não é a fuga de mim. É o meu encontro, o meu reencontro. Quero deixar tudo, quero ser feliz à minha maneira sem me sentir condicionada pelo que acham ou deixam de achar. Quero apaixonar-me pelas diferenças, quero fazer parte. Quero fugir a todos os planos, a todos os caminhos definidos. Isto não sou eu. Quero fugir.
E preciso de alguém que o faça comigo...
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