terça-feira, 22 de setembro de 2009

estados..

E vou assim caminhando na rua, perpetuando o silêncio de saber que aqui não estou bem. Estou presa a mim própria, enrolando-me nas minhas próprias correntes, asfixiando qualquer tentativa de respirar sem sentir dor. O meu maior medo? Perder a capacidade sentir. Tudo porque és o meu beco sem saída, o fundo do poço, os últimos centímetros antes de cair no nada... És minha doença e desespero, a obcessão de me encontrar num outro sítio qualquer. Fora. Longe. Distante.
Ausente...

Minha ânsia de fugir é fogo que me consome a alma, é veneno que lentamente percorre as minhas veias. As palavras que se tornam mudas quando tudo o que quero é gritar.

Depois de ti, uma parede. Antes de ti, um buraco.

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