segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Wedding cupcake



Sempre tive uma mentalidade de maria rapaz... Na primária, futebol era a minha maior paixão. Passava a vida com os rapazes a jogar à bola, não tinha paciência para as brincadeiras de menina dessa altura. Aliás, eu acho que nem nunca soube o que eram. Elas só falavam de príncipes encantados e adoravam brincar às princesas e às Barbies. Eu, a única Barbie que tive era a que vinha com um golfinho e era para os meus bonecos dos 101 Dálmatas terem dona. Uma dona que, por sua vez, não tinha como se manter em pé... Eu era bola, eu era Sporting, eu era cães, eu era nódoas negras e ver o Oliver e Benji. De brincadeiras de menina, só aquelas de bater as mãos umas nas outras com letras macabras como a do "Esta rua cheira a sangue, Dominó" e a da "Velha que matou o gato". Até nisso eu tinha os meus traços masculinos.

Por outro lado, nessa altura também, o meu pai era o meu ídolo. Eu queria ser engenheira, porque o meu pai era engenheiro. E ia com ele para tudo o que fosse obras (o que me torna bastante precoce no que toca à troca de palavras com os ditos homens das obras que normalmente mandam aquele piropo à trolha... nesta altura, pareciam-me bastante inofensivos...). À conta de ter vivido esta altura com tamanha harmonia, tornei-me um gajo no que toca a ser poupadinha. Regra geral, as mulheres são mais impulsivas e compram a peça de roupa por que morreram de amores há 5 minutos. (Atenção, eu disse regra geral! Sei muito bem que os homens também começam a ser assim...). Geralmente, os homens racionalizam o acto de comprar coisas um bocadinho melhor, ou seja, numa vertente mais funcional. Preciso mesmo disto? Valerá este preço? Serve-me para alguma coisa? Pois, amigos, eu não vou às compras de roupa, não tarda faz um ano. Apenas comprei uma peça ou outra que me caíram das boas graças de Deus, porque fora isso, roupinha nova é mais aquela que vem da minha tia ou da minha prima que já não as querem.

Isto tudo para chegar ao quê, exactamente? Ora, eu, maria rapaz que sempre fui (agora já ando mais feminina mas continuo com as minhas orelhas por furar, não me importo muito com a roupa e não tenho a pancada das compras), nunca fui das menininhas que sonham com o casamento desde que sabem pensar e viram os filmes da Disney. Não, eu durante 10 anos disse que queria ser solteira forever. A partir dos 11 anos disse que nunca me iria casar, que não tinha paciência, mas que poderia viver com alguém em união de facto. Agora, com quase 18 anos de existência, é que me ponho a imaginar uma cerimónia linda, uma troca de votos lamechamente perfeita, o "sim", o vestido, o penteado, o copo-de-água que seria uma festança brutal e o dia mais perfeito da minha vida. Isto tudo, por culpa da Susy, que quando me deu explicações de Inglês e estávamos a falar das melhores memórias da nossa vida (em inglês, of course) ela me diz:

Sim, sim que o nascimento das minhas filhas foi algo marcante mas não foram dias perfeitos. Se eu considerasse aquelas dorzinhas do parto parte da perfeição seria masoquista. O dia perfeito foi mesmo o do meu casamento, todas as atenções para mim, o começo de vida com a pessoa que mais amo... Naquele dia, nada correu mal. Foi o melhor dia da minha vida.

(fiz-vos o favor de traduzir, sou uma fofinha não sou?)

E pronto, é isto... Ando com delírios, só pode...


Ps. E porquê cupcake?, perguntam vocês. Porque este fim de semana a minha irmã decidiu fazer cupcakes de chocolate que são uma maravilha!

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