domingo, 3 de março de 2013

desabafo.

Bom dia amiguinhos!
Este fim-de-semana cansou-me psicologicamente. Tive um dia "assim", estúpido, na sexta-feira que, felizmente, durou pouco graças à melhor pessoa do mundo. À noite fui com ele e a Farah (uma amiga minha argelina) ao Flash In Lisboa. E o que é isso, perguntam-me vocês. Logo vos mostrarei quando o vídeo estiver disponível. 

Ontem foi dia de ir com as minhas cadelinhas ao veterinário e acompanhar o Miguel às entrevistas dele. Por coincidência, numa das entrevistas, o "boss" daquilo era o Magister da Tuna da ESHTE. Partimo-nos a rir. As duas entrevistas correram-lhe bem, no sentido em que a probabilidade de o chamarem é grande, o problema é este horário merdoso do 2º ano que não dá mesmo para arranjar um trabalhinho como deve ser. Mas pronto, fica o contacto para dias mais apertados...



Entretanto, o que me está a dar a volta à cabeça é a notícia do meu pai querer ir para Angola e levar a família atrás. A mim directamente não me afecta porque eu não vou atrás e isto é só daqui a um ano e eu depois do curso vou fazer-me à vida. Mas eu já tinha planos para depois do curso. Passar pelo menos um ano a viajar pela Europa. E agora fico-me dividida pois se os meus pais e irmã realmente forem com esta ideia avante, onde e com quem ficam as minhas cadelas? Não estava à espera de que de repente não tivessem uma casa e uma família com quem ficar. Não pensei que um ano sem mim pudesse fazer diferença, pois ficariam com os meus pais e irmã que iria normalmente para o secundário e seria perfeitamente capaz de as manter vivas e felizes. Mas não. Lá terei que abdicar dos meus planos aparentemente. Ou arranjar uma solução que seja minimamente viável. Dar ou abandonar as cadelas está completamente fora de questão, como é óbvio. 

Sinto-me frustrada pois parece que, cada vez que sonho algo para mim, me condicionam o futuro. A verdade é que quando escolhi ficar com as cadelas, assumi uma responsabilidade mas não fui a única a assumir essa responsabilidade. Porque é que hei-de ser sempre eu a ter de abdicar da minha felicidade por uma ideia completamente ilusória de que eles vão ser felizes em Angola? Posso parecer pessimista, e geralmente não sou, mas eu já sei o que a casa gasta. Já sei que aquilo não vai resultar. Se não resulta em Portugal, em que seja a 50 metros sejam a 300 km têm família e amigos em quem se podem apoiar, como vai resultar num país diferente, num continente diferente, completamente sozinhos?

A mudança faz parte da vida, sim. Mas porque há-de alguém querer mudar para pior? Fosse Angola, fosse outro país qualquer em que o regresso esporádico ou definitivo a Portugal seja caro. Há coisas que não percebo. Eu gosto muito dos meus pais, mas não percebo porque é que estão juntos. Porque é que insistem numa relação que aparentemente só traz desilusões e discussões. Numa relação em que não sabem falar. E eu quase que acredito que isto de ir para Angola e levar a família atrás é apenas mais uma promessa vazia de que uma mudança destas vai mudar também a relação deles. E isso irrita-me. Estarem a pôr-me nesta situação em que "o problema é a minha irmã" (parece que andar há 2 anos a dizer que quando acabar o curso vou para fora não faz diferença pois posso abdicar disso), por algo que não vai resultar irrita-me solenemente. Não vai, desculpem mas não vai. 

Enfim, desculpem o desabafo, mas irrita-me eu estar nesta posição em que me vejo limitada por algo que eu sei que vai dar merda.

2 comentários:

Mariposa Colorida disse...

Percebo bem aquilo que sentes. No teu lugar sentiria o mesmo. Ainda por cima para tão longe...

Pretty in Pink disse...

Tenho a certeza que vais arranjar uma boa solução para esse problema =)=)

Beijinho*