quarta-feira, 21 de agosto de 2013




Um dos colegas que mais gostei de conhecer foi o Iustin, um romeno que acabou o contrato duas semanas depois de o nosso começar. Tive imensa pena, mas fiquei feliz por ele pois não estava feliz a trabalhar neste restaurante, pelos mais variados motivos e com razão. Por isso, no último dia de trabalho dele fomos uns quantos à praia à noite, acender uma fogueira e ficar simplesmente a conversar e a rir. O Miguel, o Iustin e o Vlassis (um óptimo amigo também) até foram nadar no meio da escuridão total! 

Sinceramente, gostei imenso do ambiente porque aqui senti que eles não se preocupavam em fumar “socialmente”, apanhar grandes bebedeiras nem em gabar-se do que fazem e no que são bons. Ali simplesmente contavam-se histórias, tiravam-se fotografias, cantava-se, soltavam-se gargalhadas, brindava-se. É este o tipo de ambiente de que gosto e que quero trazer um pouco para Portugal. Um ambiente simples, humilde e genuíno. Sem vícios, simplesmente aproveitando os pequenos prazeres da vida. Sabe mesmo muito bem. 




A praia estava completamente às escuras e deserta e era possível fazer-se uma fogueira com ramos das árvores que lá estavam caídos. Sim, é rara a praia que não tenha árvores e simplesmente adoro isso! Também é rara a praia que seja invadida por uma multidão como as praias da linha de Cascais, pelo que me estou a desabituar completamente de ter labirintos de pessoas para conseguir arranjar um lugar para mim e há que salientar o facto de as praias aqui serem mais pequenas. 

Voltando ao assunto, aqui estou a aprender de uma forma muito mais profunda a valorizar as coisas simples e os pequenos bons momentos, a perceber o que é puro e genuíno e estou mesmo muito curiosa para saber como vai ser voltar para casa com todas estas lições.



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