sábado, 31 de maio de 2008

Escrita - como tudo começou

Falar, como dizem, é a melhor maneira de aliviar a dor. Mas escrever também.
Li há relativamente pouco tempo num blog as recordações dos desabafos que se escrevia. Procurei os meus.

Recordei como a minha paixão pela escrita começou.
Adorava histórias, adorava ler. Aprendi a ler mais cedo do que a escrever.
Ainda me lembro que no 1º ano, ainda estávamos a meio do alfabeto (a aprender a ler e a escrever) e eu já sabia ler e escrever porque ficava a folhear o manual. Nunca dei muitos erros nas composições, era praticamente tudo só questões dos lugares dos acentos. E foi no 1º ano que escrevi a minha primeira história com princípio, meio e fim. Com direito a ilustrações e tudo. Já não sei onde isso pára, mas lembro-me vagamente dos desenhos. Do dinossauro verde e do sol amarelo, da folha-estrela e da família dos dinossauros com o pescoço comprido. Sim, eu via o Vale Encantado e inspirava-me nisso.

Depois, deixei a escrita de lado e passei para o futebol.
Continuava a escrever composições para TPC que me pediam pra ler em voz alta para a minha turma (e ficava toda orgulhosa). Falando um pouco nas aulas, ainda me lembro quando eu e o Manel resolvíamos os exercícios de matemática juntos com o mesmo tipo de raciocínio, e estavam diferentes dos do resto da turma e depois de o Manel se levantar e explicar como um menino grande e fazer a Raquel (stora) admitir que não tinha pensado nisso e que o raciocínio estava certo ^^

No 3º e 4º ano comecei a escrever outra vez, desta vez sobre o futebol.
A equipa do 4º ano (a nossa) eram os Super Leões e foi sobre eles que escrevi. O livrito de 20 e tal páginas foi um pequeno grande sucesso na minha escola :P - adorei o facto de os meus professores e os meus amigos todos me terem apoiado para continuar a escrever.

Depois fui para o 5º ano. Foi um ano em que cresci muito, mesmo. Cresci porque aprendi o que era a realidade e infelizmente, aí perdeu-se muito de mim.
Era uma constante frustração nas aulas porque os stores (salvo raras excepções, como a melhor stora de Matemática que já tive até hoje) não puxavam por nós. Era tudo demasiado fácil e eu não conseguia lidar com algo que não desenvolvesse as minhas capacidades. Como tive um advogado como professor de português (ainda por cima eu era a preferidinha dele blhec), era tudo só ler texto e responder à compreensão. Não fazíamos composições, não dávamos gramática (pelo que só sabia os verbos do modo indicativo até ao 6º ano e foi porque aprendi na primária). E a minha escrita perdeu-se muito aí.
Acho que esses meses foram meses de apenas viver e explorar tudo o que estava à minha volta.

Depois entrei na escola onde me sinto mais em casa e aí voltei a ter professores a puxarem por mim. No 6º ano estive a recuperar o que não aprendi no 5º (para terem uma noção, em História eu só tinha dado até à dinastia de D. Dinis quando a malta já estava a dar a República - boooom).
A partir do 7º ano comecei a escrever no diário e no fim desse ano comecei a escrever poemas para uma pessoa xD. E assim continuei com textos e poemas até agora.

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