quinta-feira, 10 de julho de 2008

Porque as estrelas existem



Queria conseguir fazer mais do que isto, mais do que linhas de frases com palavras tão incompletas... Queria conseguir expressar sentimentos tão profundos e tão verdadeiros, mas a língua humana ainda não me deu adjectivos suficientemente bons para o conseguir.
Queria conseguir expressar o que ninguém entende, uma amizade tão pura e genuína. Nunca tinha sentido isto antes. Nunca mantive algo assim tão forte por tanto tempo. Ok, 3 anos não é muito tempo mas sempre que olho para trás, vejo o quanto se evoluiu, viveu, sentiu. Vi o que os olhos não conseguem ver, senti o invisível. Aprendi a conhecer a pessoa que aparentava ser apenas mais uma, e ela aprendeu a conhecer-me também. Senti o coração a palpitar mais depressa sempre que a hora de uma simples troca de palavras chegava. Nasceu um brilho nos meus olhos sempre que falavam na nossa amizade e sempre que olho para o céu, durante a noite, penso em tudo o que isto significa para mim.
Como é possível amar tanto uma relação, que não seja o próprio amor? Eu digo, é possível. É possível, porque para além da mais pura das amizades, essa relação inspira-me. Vejo como se criaram raízes tão fortes de algo que para a maior parte das pessoas é passageiro. Cada palavra, cada gesto, cada olhar, cada sorriso. Cada lição aprendida, cada abraço dado, cada conversa. Cada coisinha, por mais pequena que seja está viva na memória e guardada no coração.

E, apesar da distância e das circunstâncias em que nos encontramos, eu não perco nada.
Nada, porque as estrelas existem e sempre que olho para cada uma delas, cada uma relembra-me um momento que vivemos.

Margarida

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