sábado, 24 de agosto de 2013

petralona caves and our best day off.



A nossa 5ª folga ficou nas mãos do nosso amigo Kostas, filho da Maria. Já andávamos há 3 semanas a combinar a ida às grutas mais antigas da Grécia, as Grutas de Petralona e como ele se tinha oferecido para ir connosco, aceitámos imediatamente. Combinámos às 11h no Synavlia e lá fomos nós, finalmente sem termos de entrar em autocarros que passam de duas em duas horas ou levarmos com russos mal-educados. Na rádio passaram as músicas mais conhecidas em português: “Kuduro” e “Ai se eu te pego”, o que é sempre engraçado após semanas sem ouvirmos nada em português a não ser quando falamos um com o outro ou com os nossos pais. 

Chegámos às grutas e entrámos num pequeno comboio que me fazia lembrar os comboios em que andava em Cascais com os meus 6 anos, e este levou-nos do parque de estacionamento até às grutas, que ainda eram uma subida complicada de se fazer à torreira do sol. Quando lá chegámos, fomos à bilheteira comprar os bilhetes e, à conta de uma discussão parva entre um grego e o senhor da bilheteira, tive tempo para reparar que os estudantes da UE tinham entrada livre. E assim se pouparam 5€ (cada um), fora os bilhetes de autocarro e o táxi que pagaríamos se o Kostas não nos levasse lá! 




As grutas eram simplesmente espectaculares, com milhões de milhões de anos e diferentes camadas que representam as diferentes Eras, como a Idade do Gelo, por exemplo. Dentro da gruta, a temperatura eram uns sempre estáveis 17ºC, o que levou a que vários animais a escolhessem para a hibernação ou para sobreviverem na Era Glaciar, bem como humanos. 

A gruta era simplesmente enorme mas só era possível visitar cerca de um sétimo dela, talvez nem isso. É curioso imaginar como tudo isto era há milhões de anos atrás e como realmente os humanos e animais viviam nestas grutas. É engraçado pensar que estávamos a pisar o mesmo solo que os nossos antepassados e estranho imaginar como é que eles se orientavam no meio das estalactites e estalagmites, pedras e rochedos, a caçar os animais que hibernavam ou procuravam refúgio dentro da gruta, sem visibilidade quase nenhuma. 

Devido à humidade dentro da gruta e a uma queda um bocadinho-dolorosa-mas-não-tanto-quanto-isso, a máquina fotográfica do Miguel estragou-se. Não por completo pois conseguimos liga-la na mesma e tira fotografias, o problema é que o botão de ligar e desligar não funciona, pelo que temos de ir por outros meios. Foi o único mau momento do dia. 



Depois o Kostas decidiu levar-nos a almoçar a Dionisiou e fomos buscar a Katarina, irmã dele. No restaurante, estava lá o Yiannis e a Maria que, no fim, sem sabermos, nos pagaram o almoço, que era óptimo! No fim, fomos para Nea Flogita a um café na praia passar horas e horas a conversar com o Kostas e a Katarina sobre tudo e mais alguma coisa. Finalmente uma conversa que realmente adorei e achei interessante, principalmente porque tínhamos tempo para trocar ideias e falar mais a sério sobre determinados assuntos que não fossem meras banalidades. 

Ao fim da tarde, voltámos para Nea Moudania e fomos obviamente ao Synavlia.

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