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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Lição de moral

11h30
Entrei no autocarro para São João. Tinha de sair de casa para estudar, já que em casa parece totalmente impossível. Às tantas, quando chego à Alapraia, entra uma senhora que se senta ao meu lado e começa a meter conversa comigo. Pensei que fosse apenas mais uma conversa de fazer passar o tempo, nunca me passaria pela cabeça que àquela hora recebesse uma lição de humanidade.


Senhora: Estes motoristas, quase que matam as pessoas à velocidade que arrancam... Uma pessoa vai sentar-se e o homem é bruto a arrancar... Há os serial killers, e há os bus killers.


Ri-me, achei engraçado como uma senhora assim mais de idade se lembrava de dizer aquilo. Eu ia distraída, a pensar na minha vida, nas minhas relações, a olhar pela janela com o telemóvel na mão, quando a senhora me interrompe os pensamentos outra vez.


Senhora: Você é daquelas pessoas que olha sem ver, ou das que vê quando olha?

Margarida: Como assim?


(aí já sabia que a conversa ia ser interessante)


S: Já reparou que, neste autocarro, está um homem sem mão?

M: A sério? ( e comecei a olhar ) Não tinha reparado...

S: Muitas vezes, as coisas passam-nos despercebidas. As pessoas olham para tudo, mas, na verdade, não vêem nada.

M: Isso é bem verdade.

S: Temos tendência para deixar escapar os pormenores, como se não interessassem. A verdade é que às vezes são os que dizem mais. Devíamos todos ser mais atentos. Vocês jovens que se dão muito aos computadores e a essas coisas de informática.. Deviam fazer, como é que se diz?, um scanning. Chegam a um sítio, olham para tudo e vêem uma vez e depois voltam para trás e vêem só o mais interessante.


Depois a conversa foi um bocado mais passa-tempo, no entanto sempre agradável, até que a senhora ficou calada durante um tempo e quase que deu um saltinho, como quem acaba de ter uma ideia, e diz-me:


Propunha uma modificação na gramática.

M: Qual?

S: Uma alteração nas pessoas dos verbos. A primeira pessoa devia ser Ele, a segunda pessoa Tu e só depois, na terceira pessoa, é que devia ser Eu. Deviam ser os outros antes de nós... Mas não, é sempre eu, eu, eu em primeiro. Por isso é que a gente não se entende.


Dito isto, cheguei à minha paragem.


S: Espero que tenha gostado desta lição de humanidade

M: Gostei muito, mesmo. Obrigada e tenha um bom dia.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Platão



Você pode descobrir mais sobre uma pessoa numa hora de brincadeira do que num ano de conversa.

sábado, 12 de junho de 2010

Medo


'Parecemos estar hoje animados quase exclusivamente pelo medo. Receamos até aquilo que é bom, aquilo que é saudável, aquilo que é alegre. E o que é o herói? Antes de mais, alguém que venceu os seus medos. É possível ser-se herói em qualquer campo; nunca deixamos de reconhecer um herói quando este aparece. A sua virtude singular é o facto de ele ser um só com a vida, um só consigo próprio. Tendo deixado de duvidar e de interrogar, acelera o curso e o ritmo da vida. O cobarde, par contre, procura deter o fluxo da vida. E claro que não detém nada, a menos que se detenha a si próprio. A vida continua sempre a avançar, quer nos portemos como cobardes, quer nos portemos como heróis. A vida não impõe outra disciplina - se ao menos o soubéssemos compreender! - para além de a aceitarmos tal como é. Tudo aquilo a que fechamos os olhos, tudo aquilo de que fugimos, tudo aquilo que negamos, denegrimos ou desprezamos, acaba por contribuir para nos derrotar. O que nos parece sórdido, doloroso, mau, poderá tornar-se numa fonte de beleza, alegria e força, se o enfrentarmos com largueza de espírito. Todos os momentos são momentos de ouro para os que têm a capacidade de os ver como tais. A vida é agora, são todos os momentos, mesmo que o mundo esteja cheio de morte. A morte só triunfa ao serviço da vida.'

Henry Miller

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ninguém sente medo do desconhecido, porque qualquer pessoa é capaz de conquistar tudo o que quer e necessita. Só sentimos medo de perder aquilo que temos, sejam as nossas vidas ou as nossas plantações. Mas este medo passa quando entendemos que a nossa história e a história do Mundo foram escritas pela mesma mão.

O Alquimista, Paulo Coelho

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Morre lentamente

Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da
Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!»

Pablo Neruda

sábado, 8 de maio de 2010

Uncertainty is caused by a lack of knowledge.
Hesitation is the product of fear.

sábado, 13 de março de 2010

inspiração do dia

"Não perca mais tempo com o que não faz a vida valer a pena."

domingo, 28 de fevereiro de 2010

state of mind - 28

The more i see, the less i know for sure.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

"Your friend is fine, and no thanks to any of you. Tomorrow do better!"

Greys Anatomy

sábado, 24 de outubro de 2009

conselhos de um anjo


Hoje aconteceu-me algo que nunca pensei que me viesse a acontecer. Hoje passei a acreditar em Anjos. Não daqueles que conhecemos, que são os nossos amigos que muitas vezes são as nossas almofadas para não nos magoarmos mais do que o necessário. Não.. Não é desses que falo. Falo daqueles que aparecem uma vez na vida das pessoas, e que nunca mais vemos apesar de o querermos.

Como alguns de vocês sabem, tenho andado um bocado bipolar. Posso passar o dia a rir, mas às vezes basta vir para casa e recordar certas coisas que me vou abaixo. Há poucos dias acabei de escrever tudo o que sentia, preparada para que houvesse quem soubesse finalmente o efeito que provocou, todas as consequências das suas acções. Mas bastou um olhar e umas palavras para que perdesse coragem, para que perdesse o sentido e o contexto.
Foi então que vi, hoje, dia 22 de Outubro de 2009, alguém que me mudou com 10 minutos de conversa.

Fui visitar amigos ao Amor de Deus e quando voltei para a paragem para ir para a explicação, encontrei dois homens. Um velhote todo estiloso a ouvir mp3 e um sujeito careca e de olhos azuis, rechonchudinho e com sotaque brasileiro. Vou dar-lhe a alcunha de "Anjo", e já vão ver porquê.

A: Já são três?
M: Desculpe?
A: Já são três horas?
M: Faltam dez minutos.
A: Muito obrigado.

A: Sabe aquilo da vodafone e da tmn, das chamadas grátis?
M: Diga?
A: Aquele tarifário das chamadas grátis. Todo o mundo tem, não é?
M: Bem, depende um bocado. A maior parte dos meus amigos tem, mas adultos não sei...
A: Agora as pessoas ficam todo o tempo falando ao telemóvel e mandando mensagem. Assim vale a pena esse tarifário.
M: É verdade.
A: Mas não enjoa de telemóvel?
M: Depende dos dias...

A: Está chegando a época que mais gosto...
M: Qual?
A: O Inverno.
M: A sério? Prefere o Inverno ao Verão?
A: Prefiro. Não está tanto calor.
M: Está frio e chuva. Eu prefiro o Verão, o sol.
(conversa sobre a diferença de tempo em Portugal e no Brasil)

M: Bom bom, era que quando chovesse fosse à noite, quando estamos a dormir.
A: Pois, mas nada é como a gente quer.
M: Pois, infelizmente não...
A: Se tudo fosse como a gente quer, o mundo estava uma bagunça. E sabe porquê?
M: Porque as pessoas querem coisas diferentes. O que umas querem, as outras não...
A: Exacto.

A: O ser humano nunca está satisfeito, quer sempre mais e mais. Por isso nunca dá valor.
M: Há pessoas que dão valor.
A: Só dão valor quando perdem. Acredite em mim. E mesmo assim não dão valor.~
M: Não?
A: Não, nós podemos dar valor ao que perdemos nos primeiros tempos. Mas depois nos acostumamos à perda. Achamos que não merece a luta.
M: Mas há pessoas que lutam e depois percebem que não vale a pena...
A: Mas aí já batalharam. Por isso é que digo que estamos sempre a perder.
M: A perder?

A: Nós não vivemos num mundo de Glória, vivemos num mundo de perda.
M: Oh.. Porquê?
A: Cada dia que passa é um dia que perdemos. Perdemos sempre.
M: Também ganhamos.
A: Desde que nascemos que perdemos. A começar pela inocência.
M: ...
A: Imagine um aperto de mão. Está apertando com força e pode ficar o tempo que quiser. Mas à medida que os minutos passam, os dedos vão escorregando, as mãos vão perdendo a força .. até que se largam. A vida é assim.
M: Isso não quer dizer que percamos tudo.

A: Que idade é que tem?
M: 16
A: 16.. Eu tenho 33 anos.
Você ainda tem muitos anos para viver. Não se fique torturando quando quiser fazer alguma coisa. Faça. Quer comer um bolo gigante de chocolate? Coma e não se arrependa. Quer sair de casa? Saia, vá ter com uma sua amiga. E se ela disser "ah hoje não dá jeito", também não faz mal.. Saia para ver a paisagem, vá passear e conhecer sítios novos. Porque amanhã pode já cá não estar. Temos que viver o dia como se fosse o primeiro e o último. O primeiro porque temos de aprender, e o último porque temos de aproveitar.
M: Isso é bem verdade...
A: Como se chama?
M: Margarida
A: Margarida... Não perca tempo a fazer projectos para daqui a dez anos. Nem a planear demasiado. A vida é agora. Faça agora. Aja agora.

A: Precisamos de duas coisas na vida. Uma delas é fé. Você tem fé?
M: Tenho.
A: E basta a sua fé para realizar as suas coisas?
M: Não, vontade e trabalho também.
A: Precisamos de fé e... ?
M: Trabalho?
A: Coragem.
M: Coragem...
A: Você pode viver da fé, mas esperará sempre que as coisas aconteçam. Coragem é dar o passo. Se você tem algo na mão e quer dar a alguém, tendo fé que é o melhor.. Só não dá por falta de coragem. Quando temos de falar com alguém, quando queremos resolver apenas não o fazemos porquê?
M: Falta de coragem.
A: As únicas pessoas que ganham na vida na mesma medida em que perdem são as que têm fé e coragem, que perdem o medo e a angústia. E sabe o que é que chamam às pessoas que têm coragem? De dar o primeiro passo? De doidos. Já viu? Ahah, o mundo os chama de doidos.
M: Não faz mal sermos doidos.
A: Há poucas pessoas doidas. Faça o que tem a fazer, o resto não importa. Antes ser doido que arrependido.

E foi assim. Sentei-me no banco do autocarro e deixei a meu lado um lugar vago para o homem. Ele foi embora com um sorriso, lá para trás. Juro que não o vi sair em nenhuma paragem, e estive atenta a isso. Quando chegámos ao terminal, levantei-me antes do autocarro parar para ver se havia possibilidade de continuar a conversa. O homem simplesmente havia desaparecido, sem eu saber o seu nome ou para onde foi. Desapareceu, não estava no autocarro. Senti vontade de chorar, atordoada de tudo o que estava a acontecer... De como tudo, mas tudo mesmo que este homem disse se relacionava com a minha vida, com as minhas atitudes mais recentes. Como era possível?

Acho que era um Anjo...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

grey's anatomy lessons

~> No fim, vendo bem as coisas, só queremos estar perto de alguém. Esta coisa em que todos nos mantemos distantes e fingimos não nos preocupar uns com os outros, costuma ser treta. Então optamos e escolhemos quem queremos por perto e depois de escolhermos essas pessoas, costumamos ficar por perto, por mais que as magoemos. As pessoas que continuam connosco, no fim de tudo, são aquelas que valem a pena guardar.
Às vezes, o perto é perto de mais. Mas, às vezes, essa invasão do nosso espaço, pode ser mesmo o que precisavamos.

~> O que é pior: feridas novas, que são horrívelmente dolorosas ou feridas antigas, que deviam ter sarado há anos mas não sararam? Talvez as nossas antigas feridas nos ensinem alguma coisa. Relembram-nos de onde estivemos e pelo que já passamos. Ensinam-nos lições sobre o que evitar no futuro. É o que gostamos de pensar. Mas não é assim, pois não? Algumas coisas temos que aprender uma e outra vez, vezes sem conta.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

querer


Vezes demais queremos aquilo que não podemos ter. O desejo quebra-nos o coração. Desgasta-nos. Pode mudar as nossas vidas.

Mas por mais difícil que seja querer algo, as pessoas que mais sofrem são aquelas que não sabem o que querem.



Anatomia de Grey

domingo, 10 de maio de 2009

Fazer um sorriso serve para tapar buracos que aparecem quando o mar das palavras se transforma em deserto.

by sara (da matilde)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Na praia, fazemos castelos de areia para dar abrigo aos nossos sonhos.
O meu sonho és tu ... E o teu?

[hai faive da jujuka]

sábado, 25 de abril de 2009

escreva.com

The person who says it can't be done, should not interrupt the person doing it.

"Nós temos é que nós habituar a sonhar mais alto (mais Maior Grande!) - e a trabalhar nesse sentido."

terça-feira, 21 de abril de 2009

sweetest words :)


' O que é que tem? és família '

melhor amigo :)
há palavras simples que marcam tanto.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

"É no silêncio que se educa o talento, e na torrente do mundo o carácter."

Goethe

sábado, 14 de março de 2009

Communication *

Communication is the key of life.
Communication is the key of love.
We all need to communicate.
And, today, we have many ways to do it.
So, it's a shame we don't connect.
- "Lives", BCM no Casino do Estoril -

sexta-feira, 13 de março de 2009

prioridades - moral*

Um professor diante da sua turma de filosofia, sem dizer uma palavra, pegou num frasco grande e vazio de maionese e começou a enchê-lo com bolas de golfe. A seguir perguntou aos estudantes se o frasco estava cheio. Todos estiveram de acordo em dizer que 'sim'.
O professor tomou então uma caixa de fósforos e a vazou dentro do frasco de maionese. Os fósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe. O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a responder que 'Sim'.

Logo, o professor pegou uma caixa de areia e a vazou dentro do frasco. Obviamente que a areia encheu todos os espaços vazios e o professor questionou novamente se o frasco estava cheio. Os alunos responderam-lhe com um 'Sim' retumbante.

O professor em seguida adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco e preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes riram-se nesta ocasião. Quando os risos terminaram, o professor comentou:

'Quero que percebam que este frasco é a vida. As bolas de golfe são as coisas importantes, a família, os filhos, a saúde, a alegria, os amigos, as coisas que vos apaixonam. São coisas que mesmo que perdessemos tudo o resto, a nossa vida ainda estaria cheia. Os fósforos são outras coisas importantes, como o trabalho, a casa, o carro etc. A areia é tudo o resto, as pequenas coisas. Se primeiro colocamos a areia no frasco, não haverá espaço para os fósforos, nem para as bolas de golfe. O mesmo ocorre com a vida. Se gastamos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teremos lugar para as coisas que realmente são importantes. Prestem atenção às coisas que realmente importam. Estabeleçam as vossas prioridades, e o resto é só areia.'

Um dos estudantes levantou a mão e perguntou: Então e o que representa o café? O professor sorriu e disse: 'Ainda bem que perguntas! Isso é só para vos mostrar que por mais ocupada que a vossa vida possa parecer, há sempre lugar para tomar um café com um amigo'.

destino

Ainda hoje, acredito que em grande parte, o amor tem a ver com escolhas. Tem a ver com pousar o veneno e o punhal e criar o nosso próprio final feliz, na maior parte das vezes. E, por vezes, apesar das nossas melhores escolhas e das nossas melhores intenções, o destino ganha sempre.

(blog inês, anatomia de grey)